Em nossa sociedade, a aparência é algo muito valorizado, principalmente no que diz respeito as mulheres, pois, a todo momento estão expostas a um retrato sutil que define um "padrão de beleza". São imagens de modelos e atrizes belíssimas (em todas as mídias) expostas nas redes sociais, televisão, filmes e revistas por exemplo. Com um corpo bem definido, com um padrão de beleza considerado "perfeito" que, de forma subjetiva, impõe um ideal de beleza, no qual grande parte das mulheres não se encaixam. Naturalmente, tudo isso faz com que as mulheres tenham sua autoestima e sua autoimagem afetadas, gerando uma visão distorcida de si mesma, acarretando sérios problemas, tanto na vida afetiva e familiar, como profissional.
Na psicologia, autoestima foi objeto de estudo por muitos teóricos, no entanto, esse termo foi citado pela primeira vez por Willian James em (1892), ao falar sobre sentimentos de uma pessoa referente ao senso de valorização. Para muitos pesquisadores, a autoestima está relacionada (de certa forma) a característica da personalidade de cada indivíduo, no qual envolve muitos fatores e crenças no que diz respeito a sua própria imagem (pensamentos sobre si mesmo) e necessidade que cada pessoa possui diante da vida, a forma como lida com suas emoções, e claro, seus comportamentos.
Embora o conceito de autoimagem e autoestima sejam parecidos e inerentes à formação emocional de qualquer indivíduo, não são a mesma coisa. Enquanto a autoestima está relacionada ao sentido afetivo que o indivíduo tem de si mesmo, a sua percepção avaliativa, ao quanto se sente seguro frente a diversas situações, tendo uma correta visão de sua identidade, sabendo do seu valor pessoal, tendo senso de amor-próprio, em resumo, a autoimagem está relacionada a maneira como a pessoa se percebe, ao senso da capacidade de realização, como forma de descrição sobre si mesmo, sendo construída através da interação com as pessoas e consigo mesma.
A percepção adequada de si mesma se faz necessária, para que a mulher/mãe tenha uma boa qualidade de vida emocional, pois, essa interação é refletida na forma como se relaciona com os demais, o quanto será mais afetuosa nos relacionamentos, e também o quanto valoriza o outro. Quanto maior for a autoestima, maior será sua capacidade emocional e psicológica para lidar com situações adversas, contribuindo como um fator para o controle emocional e gerenciamento das emoções, maior sentimento de autoaceitação, mesmo sendo consciente de suas limitações.
Estudos realizados no Brasil pela consultoria Kantar (com 410 mulheres), sendo 189 mães e 221 sem filhos, apresentou que mesmo a maternidade sendo um desafio, 35% afirmam que sua autoestima está mais elevada em comparação a 21% das mulheres sem filhos. Esse resultado confirma o que vários pesquisadores há muito tempo questionam "a maternidade é inerente a natureza da mulher", enfatizando que a chegada dos filhos na vida de muitas mulheres, causa uma mudança radical. Trazendo consigo a maturidade, tendo maiores responsabilidades, gerando crescimento e autoconfiança, tendo como fatores contribuintes a essa elevação da autoestima, a autonomia na área financeira, liberdade de expressão no papel de mãe. Em contrapartida, existem mulheres que sofrem com baixa autoestima, sua valorização pessoal está comprometida. Uma pessoa que tem baixa autoestima possui dificuldades para enxergar suas qualidades, assim como para aceitar quem realmente é, não consegue admitir seus erros e aliado a esse sentimento, não possui o autoconhecimento de seu próprio potencial, levando a paralisar-se em algum estágio da vida.
Se sente incapaz de realizar algo;
Não consegue enxergar oportunidades na vida;
Acredita que sempre o outro é melhor, ou seja, um sentimento de comparação inimigo;
Possui sentimentos profundos de fracasso;
Tem visão negativa sobre a vida, principalmente no que se refere as suas conquistas;
Na maioria dos casos, se torna uma pessoa perfeccionista, com alto nível de cobrança em relação a si mesma e aos outros;
Sente medo excessivo em correr riscos quando inserida em situações desconhecidas;
Medo de não ser amada pelas pessoas, se alimenta da ansiedade e vive buscando elogios, reconhecimento, e tem inabilidade para lidar com as críticas;
É importante lembrar que, faz parte da vida do ser humano, momentos em que poderá sentir-se para baixo, na jornada da vida sempre irá existir momentos difíceis, e naturalmente não se sentirá sempre feliz. O importante é perceber se tais sentimentos negativos ocupam a maior parte do tempo, pois, a baixa autoestima pode estar relacionada a outros problemas, sendo apenas um sintoma, em alguns casos, por exemplo, a depressão.
Deixe os sentimentos negativos, como a culpa por algo que deu errado;
Lembre-se que sempre podemos melhorar, e que o fato de algo ter dado errado, não significa que irá acontecer sempre, a vida também é feita de novidades e boas mudanças;
Pratique o perdão consigo mesma quando não conseguir atingir seu objetivo;
Seja mais persistente quanto ao enfrentamento dos desafios que a vida apresenta;
Valorize as pequenas conquistas.
O processo do desenvolvimento da autoestima é constante, tem início na infância e acompanha o indivíduo por toda sua vida, passando por vários momentos de sua trajetória. Desenvolve-la é trabalhar a convicção da sua identidade, e o quanto é capaz de viver, que é merecedora da felicidade, portanto, é estar apta para enfrentar a vida com mais confiança, tendo boa vontade e otimismo, o que nos ajuda a atingir nossas metas, tendo sentimentos de realização.
Desenvolver a autoestima é expandir a capacidade de ser feliz!
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