Para abordarmos o assunto e, compreendermos esses conceitos, precisamos entender seus fundamentos na esfera social, cultural, da ciência e cristã.
A Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura, declara: "Todos os seres humanos pertencem a mesma espécie e, descendem de uma origem comum. Nascem iguais em dignidade e em direitos, e todos fazem parte integrante da humanidade" (Declaração sobre a raça e o preconceito racial, 1978).
A Constituição Federal declara: "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza", de acordo com a lei 9.459 da mesma, declara que, "o preconceito racial é um crime".
No livro de Gênesis, a Bíblia diz que, há apenas uma raça de pessoas. No início Deus criou o primeiro homem (Adão), em seguida, criou a primeira mulher (Eva), ambos feitos a imagem e semelhança D’Ele, e todos os seres humanos têm sua origem nestas duas pessoas, Adão e Eva, nossos pais originais conforme Gênesis 3:20. Tempos depois, houve o dilúvio, Noé e sua esposa junto aos seus três filhos (Sem, Cam, Jafé e suas esposas), passaram pelo dilúvio e saíram da arca. A partir deles a terra foi povoada novamente (Gn 9:18-19), por isso, a Bíblia ensina que todos nós somos descendentes dos filhos de Noé.
A raça é uma construção social, isto é, o conceito de raça não é um conceito bíblico, mas um conceito construído. Em (Atos 17:26), encontramos o "conceito de raça" apropriadamente no contexto histórico bíblico, esclarecendo que, primeiramente somos todos da raça de Adão (mesmo sangue) e, a esse respeito, há menos de 0,1% de diferença genética entre qualquer um de nós. De fato, todos nós temos a mesma cor, os tons de pele é que são variados. Sob o ponto de vista genético e bioquímico, nossa cor vem de um pigmento primariamente responsável pela definição de cada pele, me refiro à melanina, sua proporção determina o tom da pele. Todos temos melanina (apenas em níveis diferentes), desta forma, entendemos que todo ser humano pertence a uma única raça, a humana. Sejam brancos, negros, pardos, a raça humana é uma só.
O racismo é uma ideia ou crença de que existem raças superiores a outras. O preconceito, é o pré-julgamento de uma pessoa sem base na realidade e/ou conhecimento, ele se baseia no estereótipo sem qualquer razão concreta. O preconceito, em muitos casos, é evidenciado pela intolerância, sentimento de ódio e superioridade, o que é trágico da condição humana desde tempos remotos.
"A dignidade de um ser humano não está na cor de sua pele, mas em seu caráter" afirmou Martin Luther King Jr. (ativista político norte-americano, em Washington, EUA, em 1963) em seu discurso que ficou conhecido como “Eu tenho um sonho”, e é considerado até hoje um dos maiores discursos da história.
“Eu tenho um sonho que meus filhos amanhã sejam julgados pela dignidade do seu caráter e não pela cor da sua pele”, MLK.
Deus não faz acepção de pessoas, somos iguais aos Seus olhos. Ele não mostra parcialidade ou favoritismo (tão pouco deveríamos) Atos 10:34-35. Nosso dever é amar a todos, como a Bíblia ensina "Amarás teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem; se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado” (Tiago 2:8-9). Não podemos hospedar no nosso coração qualquer forma de preconceito, seja racial, social, ou qualquer outro, pois, viemos de Deus, temos o mesmo valor diante de Dele e precisamos valorizar a vida como uma dádiva, sendo assim, tenha a disposição para amar o seu próximo como a si mesmo, isso é um mandamento de Deus pra nós.
Jesus nos ensina ao final do evangelho de Mateus 25 que, tudo o que fizermos aos seus irmãos, fazemos a Ele. Devemos amar, respeitar e considerar as pessoas da mesma forma que gostaríamos de ser tratados. Jesus estabeleceu o padrão para os cristãos quando disse "todos vocês são irmãos" (Mat 23:8), desta maneira construiremos uma sociedade mais justa e digna.
A família exerce uma importante, profunda e decisiva influência na construção estrutural de uma sociedade justa e digna, através da educação de seus filhos. Uma família precisa ser marcada por um ambiente de paz, de conhecimento, de tolerância, respeito e amor ao próximo. Pequenas atitudes podem mudar a forma de ver o que lhe parece diferente:
Estimule os filhos a lerem livros que possam ajudá-los a terem compreensão sobre a valorização da vida. A Bíblia, por exemplo, nos orienta e ensina a termos caráter, conduta moral, de acordo com a vontade de Deus;
Dentro deste contexto, converse sobre fatos do cotidiano, para compreensão das diversas situações;
Ensine seu filho a valorizar as pessoas, tendo respeito e consideração por elas, independente de cor ou posição social;
Mantenha-se sempre coerente dando o exemplo no combate ao racismo e preconceito;
Ensine a maturidade para lidarem com essas situações;
Seja um agente de mudança e transformação em sua casa e família.
O combate ao racismo, para ser eficiente, deve ser pessoal. O exemplo é a forma mais produtiva de mostrar ao mundo, a necessidade de uma convivência mais harmoniosa e respeitosa.
Deus abençoes a todos!
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